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2012energia18 de xaneiro de 2012. 2012 declarado pela ONU Ano Internacional da Energia Sustentável para tod@s. Desde Galiza sabemos bastante de energia. Nomeadamente de produzirmos energia. A maior parte da energia que produzimos vai para fornecer a insaciável necessidade da Espanha, mas não fica cá onde é produzida. As linhas de alta tensão que cobrem o nosso céu são todas de saída (vide Rede Elétrica Nacional) nenhuma é de entrada. A energia que se produz cá procede dos nossos rios, dos nossos montes “inzados” de ventoinhas e, agora, de inúmeras “granjas ou hortos solares” que começam a aparecer por toda parte. Mas na Galiza estamos totalmente impedid@as de sermos auto-suficiêntes. Por exemplo: ao pé de qualquer parque eólico uma exploração gandeira não tem a força elétrica bastante para garantir a eficácia na sua gestão. Un artigo de Adela Figueroa, ex-presidenta de ADEGA.
ADEGA tem denunciado esta situação muitas vezes. Nomeadamente o abuso que se tem feito do nosso Patrimônio Natural para ser sacrificado a produzir energia.
Agora ameaçam com fazer mais três centrais hidroelétricas na Ribeia Sacra, no rio Loio. Os nossos rios estão ao máximo da sua capacidade de produção de energia, e já foram sacrificadas para isso as melhores terras de lavor como no vale de Castrelo de Minho, no de Portomarim, e muitos outros lugares. O governo Fraga deu em prenda case de graça muitos montes para as grandes companhias elétricas, que foram usurpados aos vizinhos sem que as populações locais obtivessem qualquer beneficio por isso.

O abandono das aldeias mostra como as políticas da “Xunta de Galicia” foram encaminhadas sempre para esse objetivo desfavorecendo, sistematicamente, aos seus habitantes. Agora, o Governo de Feijoo, quer mudar a lei de Montes para ter ainda mais fácil o acesso a pose dos últimos latifúndios da Galiza: Os Montes Vizinhais de Mão Comum. Para poder instalar neles mais campos eólicos, incineradoras de lixo ou mineiras a céu aberto. A propriedade destes campos nunca vai ser dos vizinhos que os usufruíram durante séculos. Vai ser das grades companhias multinacionais que têm o seu centro de poder e decisão longe da nossa terra, mas que já selaram o seu pato com o Presidente da Junta no mesmo dia da sua eleição ( vide a fotografia do Sr Feijoo e do presidente de Iberdrola na Praça do Obradoiro). A maquinaria de usurpação já estava em marcha desde aquele dia.

A declaração da UNESCO tem como alicerce: impulsionar os serviços energéticos para tod@s,o acesso à disponibilidade e eficiência energética a sustentabilidade e o uso das fontes da energia para o desenvolvimento sustentável.
Sabendo que o sistema de energia é o principal responsável das mudanças climáticas representando mais do 60% da produção dos gases de efeito estufa, compre agir pronto e bem neste campo. Mas a declaração da ONU, que apoiamos, indica entre as suas metas, o fornecimento universal e igualitário da energia para a humanidade sempre que cumprir certas condições como:
a) Que seja compatível com a preservação da integridade dos sistemas naturais.
b) Que estenda os serviços á generalidade da população.
c) Que reduza os riscos á estabilidade devidos a uma crescente competição pelo domínio das fontes de energia.

Também são metas deste Ano da Energia, reduzir em 40% a intensidade energética global e incrementar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo.

As energias renováveis combatem a contaminação atmosférica causa da rápida mudança climática, mas a UNESCO indica como um dos seus objetivos o controle e administração por parte da comunidade, dos recursos locais de energia para evitar criar novas dependências e di textualmente "As novas energias renováveis, como parte integrante de um sistema de energia administrado e controlado localmente podem oferecer importantes benefícios em termos de proteção do ambiente local".

Desde a Galiza temos que defender o nosso ambiente já bastante castigado por “granjas de vento” que modificaram completamente a dinâmica ecológica de lugares emblemáticos como o Xistral, Serra da Serpe e outros e ameaçam com alterar os poucos lugares ainda conservados como o Monte do Galinheiro ou o Maciço do Pindo, já bem colonizado por esta atividade.

Os encoros ou barragens que esganam a vida dos nossos rios estão ainda a produzir fortes contaminações por eutrofização como aconteceu neste verão com o de Vila-Souto ou vem acontecendo com o do Umia. O de Castrelos do Minho há já bem tempo que mostra uma forte cauda de cor verde própria do ambiente eutrófico que se gera nas suas águas pouco arejadas. Como é sabido isto é devido á excessiva proliferação de algas que podem ser tóxicas para a saúde humana Como aconteceu no de Vila Souto ou no Umia e que produzem grande quantidade de metano (CH4), gás que tem um forte efeito estufa .

Desde a ecologia defende-se a auto-suficiência das populações e o desenvolvimento endógeno, condição intrínseca do D.S. (desenvolvimento sustentábel).
Existem na Galiza por toda parte inúmeras centrais mini hidráulicas criadas na espontaneidade do povo que tiveram de ser abandonadas por causa da lei do monopólio elétrico. Estas pequenas centrais de produção não alteram a dinâmica dos rios e podem gerar energia para uma pequena comunidade. Se estas mini centrais pudessem voltar a funcionar independentes dos monopólios das grandes empresas que hoje estão a governar o mundo e controlam os governos, estaríamos retirando da rede geral uma grade quantidade de procura energética que iria fazer descer a necessidade global de produção. Também geraríamos independência que é um dos objetivos neste Ano Internacional da Energia, mas que bate de frente com os interesses das multinacionais e dos governantes dependentes e corruptos.

Dos resíduos orgânicos também poderia obter-se uma boa quantidade de energia, beneficiando deste modo as granjas de vacas ou de porcos, como acontece nos Açores mediante a metanização dos “xurros”. Seriam apenas alguns exemplos de que outro modelo é possível e rentável.

Vamos fazer votos para ajudar a caminhar cara a independência e a liberdade das comunidades auto-suficientes. Neste ano 2012 vamos trabalhar para reduzir a poluição da atmosfera e combater o aquecimento global. Vamos fazer porque os bens da natureza cheguem a todos e todas. E não sejam monopólio duns poucos/as neste Planeta que é a casa comum de todos os seres vivos.
Links:

Ou:
Booklet UNESCO
O impacto das eólicas en galiza (UVigo)

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