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11-09-2023

ADEGA lembra o papel de Carlos Durão no ecoloxismo galego

Carlos Durão em Londres Portando a faixa de ADEGA (1983)

(Por Adela Figueroa Panisse)

Morreu no passado dia 8 em Vigo Carlos Durão. O nosso galego de Londres. A sua casa estava aberta para quem necessitasse aló na capital Londrina. Bem o sabem os que lá foram há 40 anos jovens de ADEGA para defenderem perante o parlamento inglês que parassem os vertidos radioativos na Fossa Atlântica e por extensão em todos os mares do mundo. A sua morada de Hamstead gardens suburbs, em Golders Green, acolheu os ocupantes de um autocarro de dois andares cheio de ativistas de ADEGA. Toda a gente coube na sua casa. Ocuparam seu jardim, utilizaram suas duches e usufruíram da sua casa e da sua hospitalidade. Pia a sua dona contava-o entre risos de generosidade e de otimismo. Ela também colaborou suportando a toda aquela “juventude” galega que invadiram seu lar por uns dias.

O contributo de Carlos foi fundamental para a triunfo da salvaguarda dos oceanos pois era tradutor internacional funcionário da ONU cousa imprescindível para a elaboração dos papeis  para apresentar, para fazer de intermediário no processo. Em seu correio de 19/7/2023 diz-me:“ Considero que o que fizemos naquela altura foi ajudar na medida dos nossos possíveis para pressionar no Governo Britânico para modificar as leis sobre vertimento de dejetos radioativos no mar. E algo conseguimos, como podemos ver hoje na:“ London Convention (1972) Basel Convention, MARPOL 73/78 e mais o “ Disposal of low level radioactive waste”.

Por tanto até hoje os vertimentos radioativos no mar de alto nível foram estritamente proibidos.” Eu escrevera-lhe pedindo a sua colaboração com vistas a celebrar o 50 aniversário de ADEGA. Já não estará para aquelas datas connosco. Para alem da sua implicação com ADEGA, Carlos estava sempre comprometido com a Galiza. Nomeadamente no seu campo de trabalho: A linguística, pois era licenciado em filologia germânica pola Universidade de Madrid. Trabalhou como tradutor internacional na sé do cacau e do café que existira em Londres e também com jornalista na BBC.  

Todo o de Galiza era de seu interesse e objeto de seu tempo e dedicação. Criou o grupo de Galegos em Londres e ainda foi um bom escritor de romances e também poesia. Mas a sua especial dedicação foi o idioma galego e sua lexicografia. Sempre vinha a Galiza. Nomeadamente a Vigo do que ele e sua dona Pia gostavam muito. Esteve também ligado a Vincios onde sua mãe foi mestra e onde ela viveu.

Agora a morte apanhou-o na sua terra. E levou-o com ela. Se calhar até as ilhas Atlânticas na barca de pedra a procura do paraíso. Abençoado sejas polo teu trabalho. Pola tua frutífera estadia entre nós, pola tua bondade.

ADEGA / Asociación para a defensa ecolóxica de Galiza
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