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capitalismo-verde25 de xuño de 2012. Pasou unha cimeira da Terra case desapercibida entre rescates, recapitalizacións e primas de risco. Comparado con Río-92, o balanzo é decepcionante: sen compromisos concretos, sen obxectivos claros, sen orzamentos... só un texto ambiguo para salvar a cara aos “líderes” mundiais que iso sí, fronte aos inmensos problemas ambientais do planeta, “toman nota”. Coa “economía verde” como novo produto estrela do capitalismo, para vendernos un crecemento (segundo eles) máis ecolóxico, eficiente e socialmente xusto como único sistema para relacionármonos co planeta, faise evidente a fractura entre os gobernos e a sociedade. O fracaso de produtos similares como a “Revolución verde” propugnada hai 40 anos pola FAO, pola que a intensivización da agricultura, a industrialización e os transxénicos ían acabar coa fame no mundo, fan evidente que quenes son parte do problema non poden propoñer solucións. Le o artigo de Adela Figueroa “Rio+20, máis promesas que realidades”.

RIO+20. MAIS PROMESSAS DO QUE REALIDADES

Adela Figueroa Panisse, ex-presidenta de ADEGA

Ocultado pela brétema da crise financeira e de valores em que ocidente está mergulhada mais de duzentos países estiveram até ontem em Rio de Janeiro a debater acerca dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) (1). A cousa não deve ser assim tão fácil, porque foi acordado que a sua determinação só será feita ao longo dos dous próximos anos, por tanto ficam adiados para o 2014. Bons propósitos e pouco mais se concretizaram na tomada de consciência de que a pobreza é o principal problema que tem a humanidade. Em 1992/94 no curso dum máster de Educación Ambiental da UNED e Fundación Universidade Empresa, figurava como uma das conclusões que “a pobreza é a pior das poluições”. Em Rio 92 declarou-se que o objetivo do milênio era erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento sustentável.
Entre tanto foram destruídas milhões de hectares de terra fértil, e de florestas quer a mãos das imobiliárias quer dos especuladores ou das grandes multinacionais que visam tomar conta do monopólio da energia, e dos recursos do Planeta em Geral.

O dramático apelo do secretário geral da ONU para a erradicação da fome no mundo marcou o discurso final(2) "Em um mundo de muitos, ninguém, nem mesmo uma única pessoa, deveria passar fome. Convido todos vocês a se juntarem a mim para trabalhar em um futuro sem fome". Esta cimeira que debería de ser transcendental para o futuro da humanidade e da Terra como Planeta e lar de milheiros de seres vivos ficou totalmente assombrada pelos problemas econômicos . A miopia dos dirigentes políticos e a sua generalizada mediocridade não lhes deixa enxergar mais aló dos seus narizes, para perceber que as mudanças climáticas , a perda de solo, a progressiva escassez dos recursos, a problemática dos resíduos,e a da energia estão nas causas da crise econômica mundial. Somadas,ainda, a fraca liderança e valor moral da classe dirigente. O problema não é econômico apenas, é ambiental e de concepto de desenvolvimento. É de democracia e de ética. Hoje a revista Quercus (3) faz um apelo ao Governo Português para que renove a estratégia de desenvolvimento sustentável. Mas eu creio que antes tem de haver um saneamento dos governos. Nomeadamente do Espanhol em que foram especialmente salientáveis ações de agressão ao ambiente que conduziram a inflar uma borbulha imobiliária e financeira que levou ao desastre ao País e que ninguém parece querer reconhecer.

Num recente artigo -Crise e corrupção (4)- perguntava-me eu, quem lhe iria por o ajôujere ao gato responsável pelo desastre ambiental, social e econômico em que nos encontramos. Apenas os sindicatos ELA-STV e CIGA demandaram aos possíveis culpados da crise em que estamos submersos (políticos e banqueiros). Todavia, casualmente, uma noticia que passou completamente despercebida, mas que julgo de grande importância.

A preservação do ambiente e da Terra, em geral, precisa do trabalho de todas/os nós. E isso só é possível se há democracia verdadeira que vise uma melhor participação da cidadania nos processos que regem o mundo. Não basta com votar cada quatro anos. Não basta com um sistema de representação como o espanhol em que os cidadãos não conhecemos á maioria dos nossos representantes nas câmaras nem estes estão obrigados a render contas aos seus votantes, mais aló de vencer dentro duma lista que representa um partido. Mais ainda, com o progressivo bipartidismo que está a ser instaurado a democracia é burlada mais uma vez.

Em Rio juntaram-se 191 representantes de outros tantos países. Para definir políticas globais de respeito ao Planeta Terra e aos seus habitantes. Porque o que está a acontecer com esta nossa casa comum é grave e crítico. Mas , infelizmente, as políticas de curto prazo que controlam as ações dos governantes puderam mais que a visão de longo percorrido e de compromisso com a nossa descendência e com a biosfera em geral.

Para alguns dos participantes os acordos foram positivos. Assim o negociador do Brasil André Correa do Lago salienta que nestes fica "a definição da economia dos próximos 20 ou 30 anos". Mas para os ativistas da alternativa Cúpula dos Povos, que reuniu 50.000 participantes “a Rio+20 foi "um fracasso de proporções épicas”.

Porque estamos numa situação crítica, porque as verdadeiras causas da crise não estão a ser identificadas corretamente, terá de ser a cidadania quem comece a tomar conta, já dos destinos do Planeta. Nas Associações Ecologistas e Sociais. O problema é demasiado importante para deixá-lo em mãos dos Políticos/as. Compre , pois tomarmos consciência e agir.

4. Vide Mundo Galiza. Portal Galego da Língua. Praza Pública. Adela Figueroa Crise e corrupção. http://www.pglingua.org/opiniom/artigos-por-data/5009-crise-e-corrupcao
 
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