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Xaneiro de 2010. A ONU ten declarado 2011 como Ano Internacional das Florestas. Baixo o lema "Bosques para a xente", preténdese salientar o papel da cidadanía e dos habitantes do rural na conservación e aproveitamento sustentábel das nosas florestas. Como aponta a ONU, precísase un enfoque integral do monte que atenda aos seus múltiples valores e funcións. Os bosques ocupan un 31% da superficie emerxida e son fundamentais para a conservación da biodiversidade, xa que acubillan ao 80% das especies terrestres. Asemade, son fonte de alimento, vivenda, auga limpa, mediciñas e teñen un papel central na loita contra o cambio climático. Na Galiza os bosques supoñen un 70% da superficie do país. No entanto, só un 2% é monte público, estando o restante xestionado polas Comunidades de Montes (30%) e un 68% en mans privadas . Arestora, a conservación das nosas florestas está máis ameazada que nunca: desprotección do chan rústico; desmontaxe das comunidades de montes; privatización através das SOFOR; cultivos enerxéticos; despoboamento...

En 1993 ADEGA promoveu unha ILP forestal para garantir a conservación e o aproveitamento sustentábel dos nosos bosques, introducindo o concepto de "multifuncionalidade" como eixo principal de xestión. Fronte a un Plano Forestal (1992, aínda vixente), que consolidou o produtivismo a ultranza (eucaliptización, perda de usos e interese social do monte, co consecuente despoboamento), ADEGA demanda unha nova planificación forestal centrada na multifuncionalidade, a ampliación da superficie pública adicada á protección e o reforzamento da figura dos montes veciñais en man común (MVMC) como sinal de identidade propio e de vencello entre a poboación e os seus montes.

As recentes modificacións da Lei do Solo introducidas polo PP (mudouse a consideración dos MVMC de  rústico de protección forestal a ordinaria) e as SOFOR (Sociedades de Xestión Forestal), que visan a entrada de capital privado -con obxectivos claramente especuladores- no monte, xunto cunha Lei Eólica que reduce a capacidade de decisión dos propietarios para entregarlle o monte ás empresas, alén do desinterese da Xunta para alongar o ridículo patrimonio forestal público, apontan a un futuro incerto, por non dicir pésimo, para os nosos bosques.

Descarrega este documento sobre a Multifuncionalidade do monte (205 Kb) de Xabier Bruña, vogal de Medio Rural de ADEGA.

Artigo de Adela Figueroa, vogal da Xunta Directiva de ADEGA sobre o Ano das Florestas (respectamos a ortografía orixinal da autora). Tamén en Galicia Confidencial

Segundo dados do PNUMA–Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as florestas representam 31% da cobertura terrestre do planeta, servindo de abrigo para 300 milhões de pessoas de todo o mundo e, ainda, garantindo, de forma direta, a sobrevivência de 1,6 bilhões de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre. Em pé, as florestas são capazes de movimentar cerca de $ 327 bilhões todos os anos, mas infelizmente as atividades que se baseiam na derrubada das matas ainda são bastante comuns em todo o mundo.

Para sensibilizar a sociedade para a importância da preservação das florestas para a garantia da vida no planeta, a ONU – Organização das Nações Unidas declarou que 2011 será, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas.

A ideia é promover durante os próximos 12 meses ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando a todos que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos para o planeta. Entre eles:
– a perda da biodiversidade;
– o agravamento das mudanças climáticas;
– o incentivo a atividades econômicas ilegais, como a caça de animais;
– o estímulo a assentamentos clandestinos e 
– a ameaça à própria vida humana. (PNUMA)

Desde ADEGA incorporamo-nos a esta iniciativa das Nações Unidas por partilhar com ela os nossos objetivos ambientais.

Para os /as Galegas, as florestas são parte indissociável do nosso ambiente. Infelizmente estes estão muito degradados, na atualidade, por falta de uma política florestal racional e sustentável que ampare as massas de floresta autóctone, como carvalhos, castanheiros, nogueiras, etc face à maciça plantação com espécies de crescimento rápido e de características perigosas para a sustentabilidade dos ecossistemas florestais, como eucaliptos, pinheiros etc. Espécies que favorecem os incêndios florestais pela sua alta combustibilidade e que mudam as características eco-dinámicas das florestas.Também pedreiras sem qualquer cuidados ambientais destroem impunemente os nossos montes e ninguém lhes obriga a restaurar a desfeita do ambiente depois de abandonadas( veja o desastre do Courel como exemplo) Parques eólicos instalados sobre espaços a proteger como no Xistral ou no Suido cobrem as nossas montanhas mas assinaladas sem nenhum benefício para o ambiente nem a população da zona.

Compre atirarmos um apelo de atenção para as nossas florestas e em particular para o Monte Galego por considerar que a atual administração está iniciando atuações que podem por em grave risco de sobrevivência os Montes Vizinhais de mão comum, levados duma agressiva  política privatizadora. A substituição das UXFOR  que visava uma exploração integral do monte ( Unidades de Gestão florestal) do anterior governo ( BNG/PSOE)pelas novas Sociedades de aproveitamento Florestal que favorecem a introdução de capital privado e vêem o Monte apenas como floresta e não na sua complexa realidade ecológica, pode representar um grave risco para o futuro desta figura peculiar galega.

Os Montes Vizinhais são os únicos latifúndios galegos, que permitem uma exploração racional de todas as suas possibilidades ambientais,e que apresentam a genialidade de não ser  de um único proprietário. Mas pelo contrário, são do “comum dos vizinhos”.

No ano 2004 foi reconhecida a sua peculiaridade pelo Parlamento Espanhol: "Os montes vizinhais em mão comum têm uma natureza especial por ser uma propriedade comum que está limitada pelos conceitos de inembargabilidade, imprescritibilidade, inalienabilidade e indivisibilidade”.

Defender os Montes é defender o Território Galego, junto com as características culturais a eles associados.

A superfície florestal atual da Galiza é de 2 milhões de hectares (aproximadamente) das que , apenas 29% está em condições de aportar matéria prima para a indústria. Ainda assim, a indústria transformadora galega é líder a nível estatal e dela dependem uns 22.700 postos de trabalho diretos . Apesar disto a administração galega não tem investido nem 60% do previsto desde o Plano Florestal Galego aprovado em 1992, com o que acumula uma dívida para o monte de 600 milhões de euros no ano 2010.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) tem declarado já em 2010 a importância das florestas no desenvolvimento sustentável e a necessidade de que a sociedade em seu conjunto se involucre no seu cuidado. Pois  “as florestas contribuem a mitigar não só os efeitos da mudança climática, mas  também ajudam à economia, sanidade, educação e outros âmbitos conducentes ao desenvolvimento sustentável” (FAO).

ADEGA tem apresentado, a primeira Iniciativa Legislativa Popular no Parlamento da Galiza,em defesa do Monte Galego que, governando na altura o Partido Popular com Fraga de Presidente da Xunta, não alcançou a sua ratificação.

Mas não vamos desistir em continuar na defesa do nosso monte e dos bens a ele associados em termos de biodiversidade e pela sua capacidade de gerar riqueza e sustentabilidade.

Façamos os melhores votos para este 2011 ano das Florestas para que as nossas sejam respeitadas, melhoradas e aproveitadas de modo racional democrático e sustentável.

Adela Figueroa Panisse, Vogal da Xunta Directiva de ADEGA.

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